30 de julho de 2010

É isso.


Sentir não é, de maneira alguma, errado. Demonstrar é que pode, dependendo da situação, ser. Então, depois de tantas demonstrações um dia você se pega dizendo pra alguém que sente nojo - coisa que você não está falando por falar, você realmente sente, mas também sente outras coisas que se confundem com o resto do amontoado de coisas e que você não sabe qual é maior e merece mais atenção - que você sente nojo e que quer distância. E, caralho, você quer! Você quer tanto que você mal pode querer qualquer outra coisa. Mas você quer outra coisa. Você quer proximidade. Me explica. Como isso é possível? Claro que a consequência disso é óbvia. Você acaba querendo as duas coisas ao mesmo tempo. Então você repele e aproxima, repele e aproxima. Não porque é divertido jogar com as pessoas, mas porque é muito, mas muito confuso e forte. Você só não... sabe.
E o melhor de tudo é que você me fez lembrar que todas as vezes que você se vai eu continuo aqui. Eu me sustento, não você. Eu me amo, não você. Eu me importo comigo, não você. E, como a Edna me ensinou, eu me basto. Com ou sem você, não faz a diferença. A vida continua, apesar de você.

L.