13 de abril de 2010

precisava de um pouco de você, mesmo que não fosse em você


Não sei como isso aconteceu, como fiz minha vida ficar mais difícil do que já era e como eu segui em frente.
Você saqueava meu coração todos os dias. A sensação que isso me trazia deixou imperceptível, aos meus sentidos, notar o momento em que planejava fazer isso de vez. O tempo venceu, contra a minha vontade, e você disse adeus.
Quando você me deixou, meu mundo não foi quebrado. Ele desapareceu. No lugar dele, ficou apenas uma cidade fantasma do passado. Obrigada por ainda ter me deixado algo. Não foi apenas um amor perdido, foram 3 anos que, para você, sumiram. Eu gostaria de dizer que entrei no meu modo-mulher-maravilha, mas isso não ocorreu. Eu me deixei cair... Enquanto você a ganhava, eu me perdia. Veja o contraste... Eu perdi a batalha de qualquer maneira.
Durante seis anos, eu fugi o tempo todo, mas você sempre me encontrava. Nos meus sonhos, nos meus pesadelos, nos meus livros... Você estava lá. Você vai estar na minha alma para sempre.
A fumaça do meu cigarro, naquela manhã, me lembrou suas manias. Resolvi procurar por elas em outras pessoas daquela cafeteira, pintar seus traços em outros. Tentar me satisfazer com o inexistente. Mas eu precisava daquilo, precisava de um pouco de você, mesmo que não fosse em você. E eu achei. Você me olhou dando um trago em seu café e acenou. Meu ombro estremeceu. A dor terrível de não ser nada para alguém que é tudo para você deu um soco em meu estômago. Eu sabia que eu ainda o amava. Naquele momento, o meu amor por ele ainda estava lá, mais forte do que nunca. Depois de correr entre o silêncio que ali havia, fugindo mais uma vez, eu nunca mais o vi.
Desde então eu tenho tentado apagá-lo de minhas lembranças, mas enquanto minha mente esquece seu rosto, meu coração ainda se lembra da dor. Ela me corroe. E a única coisa que, agora, pode me fazer sentir humana outra vez, é o amor que tenho por ele. E esse amor dói. E esse amor me faz sentir humana outra vez. E esse amor dói. E esse amor me faz sentir humana outra vez. E esse amor... é um labirinto redondo e sem saída.
Agora eu vou casar com alguém que eu nunca vou amar com o mesmo tipo de amor que eu tenho por “ele”. Eu não sei se o que estou fazendo é certo ou errado, mas tudo que eu sei é que eu amo um homem diferente daquele que estou me casando. E esta é minha confissão. Minha redenção.

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