21 de outubro de 2010

goodbye, my love


A dor será uma amizade fiel e estranha... Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. Só os ossos tem paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar. Você não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. Adeus, meu amor. Terá filhos com outros homens. Terá insônia com outros homens. Desviara de assunto ao escutar meu nome.
Adeus, meu amor.

17 de setembro de 2010


Ilimitado o amor às vezes se limita, proibido é que o amor às vezes se liberta.

Affonso Romano de Santa'Anna

13 de setembro de 2010

não é difícil.


"Faça por você. Não faça porque parece legal ou qualquer coisa. E não faça para afirmar-se. Muitas pessoas não te dão uma chance, mas você faz porque você ama isso e é isso que você ama fazer, então não é difícil."

Hayley Williams.

1 de setembro de 2010

everybody falls


Um dia, as pessoas caem. E é nesse dia que elas te agradecem, mesmo que mentalmente, por você não ter sido tão mesquinho quanto foram com você.

31 de agosto de 2010

wondering me if love really worth it


Eu realmente tento não desistir do amor. Eu o vejo ao meu redor e os meus amigos próximos o sentem, exceto eu. Eu costumava ter esperanças de que iria chegar minha vez, afinal tenho apenas 18 anos. Mas toda vez que eu sou apresentada a uma possibilidade de amor, eu congelo e estrago completamente tudo. Eu o afasto antes que ele fique muito intenso... E qual é o ponto? Eu não vou me casar com essa pessoa, ou até mesmo a namorar arriscando me machucar.
Qualquer esperança que eu tinha para o amor, praticamente desapareceu. Meus amigos continuam me dizendo que um dia eu vou encontrar alguém. Alguns, como eu, não acreditam nisso. Nem todo mundo se apaixona, nem todos se casam, o que quer dizer que também nunca vai acontecer comigo? Uma vez me disseram que se eu quiser que isso aconteça, vai acontecer. Mas como poderá acontecer se eu tento ao máximo e, mesmo assim, não acontece?
Eu estou tentando manter-me confiante e esperançosa, pois a idéia de amor é tudo o que me mantém seguindo em frente, eu estou agarrada à idéia do amor ser maior do que qualquer coisa no mundo inteiro e que irá mudar completamente minha vida. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento de que está quase fora do meu alcance, me machuca muito. Amor para mim é como uma espada de dois gumes, e estou constantemente me perguntando se vale a pena.

you're never there.


And how can i go on? 'Cause when i'm in the sun, i see your shadow on the ground, but you're never there when i turn around.

McFLY.

19 de agosto de 2010

11 de agosto de 2010

Like Moon and Sun


What i feel for you is what the moon must feel about the sun: i love you, but the world don't wanna see us together.

4 de agosto de 2010

Como um cão com seu osso


Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.

Caio Fernando Abreu

Like we used to.


"Ele assiste seus filmes favoritos? Ele te apoia quando você chora? Ele te deixa dizer suas partes favoritas quando você já as viu um milhão de vezes? Ele canta as suas músicas enquando você dança o "Purple Rain"? Ele faz tudo isso, como eu costumava fazer? Ele vai te amar como eu amei? Ele vai te falar isso todo dia? Ele vai te fazer se sentir invencível com toda palavra que ele falar? Você me promete que se isso for o certo, não vai jogar tudo fora? Você consegue fazer todas essas coisas? Você vai fazer todas essas coisas como nós costumávamos fazer?"

A Rocket To The Moon

30 de julho de 2010

É isso.


Sentir não é, de maneira alguma, errado. Demonstrar é que pode, dependendo da situação, ser. Então, depois de tantas demonstrações um dia você se pega dizendo pra alguém que sente nojo - coisa que você não está falando por falar, você realmente sente, mas também sente outras coisas que se confundem com o resto do amontoado de coisas e que você não sabe qual é maior e merece mais atenção - que você sente nojo e que quer distância. E, caralho, você quer! Você quer tanto que você mal pode querer qualquer outra coisa. Mas você quer outra coisa. Você quer proximidade. Me explica. Como isso é possível? Claro que a consequência disso é óbvia. Você acaba querendo as duas coisas ao mesmo tempo. Então você repele e aproxima, repele e aproxima. Não porque é divertido jogar com as pessoas, mas porque é muito, mas muito confuso e forte. Você só não... sabe.
E o melhor de tudo é que você me fez lembrar que todas as vezes que você se vai eu continuo aqui. Eu me sustento, não você. Eu me amo, não você. Eu me importo comigo, não você. E, como a Edna me ensinou, eu me basto. Com ou sem você, não faz a diferença. A vida continua, apesar de você.

L.

24 de junho de 2010

we will always be a kid


Não importa o quanto nós tentamos ser maduros... Nós sempre seremos crianças quando estivermos machucados e chorando.

Peter Pan.

don't be late


18 de junho de 2010

true love


"...Porque finalmente compreendi o que o amor verdadeiro realmente significa... O amor significava pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha. Mas fazer a coisa certa não foi fácil. Hoje em dia, levo a vida sentindo que falta algo, que preciso de algum modo tornar minha vida completa. Sei que meu sentimento por Savannah nunca mudará, e sempre terei dúvidas sobre a escolha que fiz. E às vezes me pergunto se Savannah sente o mesmo."

Dear John

11 de junho de 2010

Paixão é paixão.


- E seu pai ainda coleciona moedas?
- O tempo todo...
- Ele parece ser interessante. Sempre adorei pessoas que têm essa... paixão pela vida.
- É uma paixão por moedas, não pela vida.- eu a corrigi.
- É a mesma coisa. Paixão é paixão. É o entusiasmo intercalando o espaço do tédio, e não importa a que se dirige.

9 de junho de 2010

pois agora as memórias são tudo o que me resta


Eu a conheci; e é isso que torna minha vida atual tão estranha. Eu me apaixonei por ela enquanto estávamos juntos, e me apaixonei mais ainda nos anos em que ficamos separados.
Nossa história tem três partes: um começo, um meio e um fim. Embora seja assim que todas as histórias se desenrolam, ainda não consigo acreditar que a nossa não durará para sempre.
Reflito sobre essas coisas, e como sempre, nosso tempo juntos retorna a minha mente. Relembro como tudo começou, pois agora essas memórias são tudo o que me resta.

Dear John.

1 de junho de 2010

Should i give up on love, or die trying?


O amor é algo maravilhoso, é o que dizem. E eu confiava neles, até agora.
Como eu ainda não experimentei o que todos eles falam? “Ele vem quando tem que ser.”. O meu amigo-muito-apaixonado disse com um sorriso: “Eu não o procurei, ele veio até a mim.”. Essas duas frases vieram como uma faca no meu peito. Então, supostamente, eu só tenho que esperar? Eu não quero esperar mais. Eu tenho esperado e procurado há 19 longos anos. Eu quero ser capaz de sentir, tocar e provar o “amor” que, também supostamente, está lá fora. “Amor” é isso que eu respondo quando as pessoas me perguntam do que a vida é feita. Mas agora eu não sei mais. Porque eu não posso continuar esperando, esperando e rezando para que isso apareça. Porque então eu vou morrer sem ter a experiência de vida, partindo de que o significado da vida é apenas o amor. Dói perceber que o amor é tudo ao meu redor, mas de alguma forma eu não tenho sequer o direito de ter um pedaço pequeno, minúsculo.
Eu deveria desistir do amor, ou morrer tentando?

26 de maio de 2010

pois houve um tempo em que nossas histórias eram uma só


Parte de mim dói ao pensar que ela está tão perto e eu não posso tocá-la, mas nossas histórias seguiram caminhos diferentes. Não foi fácil aceitar essa verdade simples, pois houve um tempo em que nossas histórias eram uma só, mas isso aconteceu seis anos e duas vidas atrás. Nós dois temos lembranças, é claro, mas aprendi que as memórias podem ter uma presença física, quase viva, e nisso ela e eu também somos diferentes. Enquanto as lembranças dela são estrelas no céu noturno, as minhas compõe o assombrado espaço vazio entre elas. E, ao contrário dela, sinto o peso de perguntas que já me fiz mil vezes desde nosso último encontro. Por que fiz aquilo? Faria tudo de novo? Fui eu, veja bem, quem terminou tudo.


Dear John.

25 de maio de 2010

eu vou incomodá-la para sempre


- Nada na vida dela dá errado. A merda do mundo dela é perfeito.
- Deve ter algo ruim. Deve ter. E se não tiver, a gente arruma.
- Talvez eu seja a única parte ruim da vida dela.
- Você lhe tem amor verdadeiro e vem me dizer que é uma parte ruim?
- É. As promessas se queimam, as lembranças se apagam, as fotos rasgam... E o amor é para sempre. Eu vou incomodá-la para sempre.
- Então acha que ela ainda te ama?
- Sim... Ela pode não saber disso, mas acontece que amor nunca acaba, ele apenas se esconde. E não demora muito, ele volta.

21 de maio de 2010

saudade, nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo.


Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um 'tchau' e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê "sadio". Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por 'um pouco mais'.
Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?".

Lucas Silveira.

12 de maio de 2010

lá, onde não se espera nada em troca.


“Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (…) O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”
- Saint-Exupéry.

Dói, mas passa. Eu não minto. Vai passar.


"Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. (Fernando Pessoa escreveu, num momento parecido, “hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu”). Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.
Você acha que não, porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo – é difícil de acreditar, eu sei – vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.

Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: “É melhor viver do que ser feliz”. Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder.

Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, eu sei como dói. Mas passa.

Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o unico jeito de deixá-la pra trás é continuar andando.
Você vai ser feliz.

Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que tô falando a verdade. Eu não minto. Vai passar."
Antonio Prata.

7 de maio de 2010

Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz.


"Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo. Mania de ser bom moço, coisa chata. Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder.E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode. E aí passa a maior gostosa na rua e ele lá, idolatrando meu nariz. E aí o celular dele toca e ele, putz, perdeu a ligação porque demorou trinta mil horas pra desvencilhar os dedos do meu cabelo. Com tanto potencial pra me dar uns tapas, o moço adora me fazer carinho com a ponta dos dedos. Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora neguinho me trata mal e eu não deixo. Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar. Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho."

2 de maio de 2010

hurt


O que é pior? Novas feridas que são horrivelmente dolorosas, ou feridas antigas que deveriam ter se curado há anos, mas nunca foram fechadas? Talvez nossas feridas antigas nos ensinem alguma coisa. Elas nos lembram de onde viemos e pelo o que passamos, nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É o que gostamos de acreditar. Mas não é assim que funciona. Algumas coisas temos de aprender de novo, e de novo, e de novo.

Grey's Anatomy

as mentiras parecem verdades


"Algumas pessoas guardam seus sentimentos para elas. Sozinhos vemos o que queremos ver... e acreditamos no que queremos acreditar. E funciona, nós mentimos tanto a nós mesmos, que depois de um tempo, as mentiras começam a parecer verdade."

Grey's Anatomy

1 de maio de 2010

esta história de quem eu me tornei, é seu legado, tanto quanto o meu


Independente de quando eu for, pode ser aos quarenta e dois ou aos oitenta e dois, você esquecerá partes inteiras de mim. Essa é a benção e a maldição da perda: você não pode escolher o que cai na inevitável dissolução da lembrança, nem o que fica com você, nem o que irá assombrá-la a noite, sua cabeça pesada de lembranças, enquanto seu marido sonha com parede de escalada e coxas cobertas de lycra.
Talvez o resultado da perda- as migalhas de lembrança- tenha, de alguma maneira, me amedrontado mais do que a perda em si. A verdade é que eu nunca aprendi a andar de bicicleta, porque, entre outras razões, é algo que nunca se esquece. Esta sou eu: alguém que ao mesmo tempo anseia por algo e teme pelo compromisso de lembrar. Há o esquecimento, a desintegração da memória, de pouquinho em pouquinho; e há a impossibilidade de esquecer, a marca em cicatriz, com todas suas camadas. Ambos me assombram de suas maneiras próprias.
Você jamais conhecerá a pessoa que um dia eu fui, aquela que existiu antes de você, de algumas formas, antes mesmo que eu fosse eu, mas esta historia de quem eu me tornei, esta historia sobre nós, é seu legado, tanto quanto o meu.


the opposite of love

genitálias diferentes é detalhe


"Homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de amor, moral ou integridade."
Caio Fernando Abreu

the cycle

in the clouds

21 de abril de 2010

that shit

tenho uma grande sensação de que há um grito em minha garganta


Meus olhos querem seguir pelas calçadas. Quem sabe atrás de uma prenda do destino? O destino gosta de ser misterioso comigo. O destino deu-me tempo para não fazer o que eu não quero.
Nesta tarde nublada, nem sei por que já começo a chorar. Choro. Agora. Agorinha mesmo, juro. Neste instante em que as palavras não são escritas com tinta de nenhuma caneta de pena, em que as palavras são teclas de um computador, que é então o meu melhor amigo. Sou tão sozinha nestas tardes. Não tem como mostrar com palavras a dor de minhas lágrimas sozinhas, silenciosas. Mesmo que, de vez em quando, soluçantes, ninguém me escuta, ninguém me vê. Tenho uma grande sensação de que há um grito em minha garganta. Mas é só sensação, pois ele não sai. Eu abro a boca e de minha garganta vermelha de tanto cigarro não vem nenhum ‘ai’. Parei de chorar. Mas se pensar que parei e pensar mais um pouco, posso voltar a chorar. E sem palavras para descrever minha dor, desisto de tentar.

F. Young

16 de abril de 2010

superação



Superação. A coisa mais difícil e a mais incrível. Seja por ter ido mal em uma prova, não ter ganhado algo que merecia, ter sido traído pelo (a) melhor amigo (a), por ter levado um fora – ou um chifre – do idiota ou da vagabunda, por ter perdido alguém que amava. Você sempre vai precisar superar, então por que é tão difícil agir? Não estou dizendo que vai ser fácil ou rápido. Mas qual é! Faz parte da vida. Você vai conseguir. Tá bom, eu sei que você esperou, que você desejou, que você enlouqueceu com o seu maldito problema e que agora não tem mais nada. Mas e daí? Já era, já foi, já passou. Você teve 50% de chances de conseguir e não conseguiu, chorar vai mudar o quê? Acorda, meu bem, a vida é assim mesmo. Não interessa o quanto você quis (essa é uma daquelas verdades que fazem a gente sofrer), o quanto você desejou. Você não conseguiu. Ao contrário de superar, às vezes não se consegue o que quer. Há chance de ter e de não ter. No baralho, você depende da sorte. Na vida nem sempre é tão diferente assim... Querer não basta, há vezes em que nem fazer basta.
Eu sei que você esperou por aquilo, que você contava como uma certeza, mas não aconteceu. Sinta-se frustrado, é um direito seu. Mas que diferença isso faz? Faça o que mudar alguma coisa. Qualquer ato inútil vai servir apenas pra você perder tempo – e você não tem tempo. O mesmo vale para as notas ruins. Mas e aqueles que tiveram o coração destroçados por alguém?
Somos seres humanos únicos. Nossos desejos são totalmente diferentes. As pessoas querem coisas diferentes, em proporções diferentes e com jeitos diferentes, embora entender nem sempre seja tão fácil. Pior ainda são aqueles que esperam coisas impossíveis...
O caso é que seria bom saber que existe gente lá fora que entende como você se sente, como é apostar todas as suas fichas em algo e perder. Esperar um retorno que não vem nunca. Mas não esperar nada é ainda mais difícil, porque parece que é mais fácil lidar com a dor do que com o vazio. A ausência de espera, o silêncio. Esperar é frustrante – ou pode não ser -, depende da sorte. Ao menos, prefiro pensar assim. Porque às vezes não depende só da gente. Às vezes não importa o quanto você faça, o quanto você se esforce, se doe àquilo. Nem sempre depende só da gente. De que adianta um lado querer com todas as forças se a pessoa do lado de lá não quer e ponto final? Dói esperar, frustrar com a espera perdida, a ilusão partida e a esperança quebrada. Mas dói ainda mais não saber o que esperar, não é?!
O que eu estou querendo dizer é que chega um ponto que não dá mais para sofrer por algo, porque não resta mais nada. Não há mais nada pelo que sofrer. É hora de encarar o medo de frente. Superar.

L.

13 de abril de 2010

precisava de um pouco de você, mesmo que não fosse em você


Não sei como isso aconteceu, como fiz minha vida ficar mais difícil do que já era e como eu segui em frente.
Você saqueava meu coração todos os dias. A sensação que isso me trazia deixou imperceptível, aos meus sentidos, notar o momento em que planejava fazer isso de vez. O tempo venceu, contra a minha vontade, e você disse adeus.
Quando você me deixou, meu mundo não foi quebrado. Ele desapareceu. No lugar dele, ficou apenas uma cidade fantasma do passado. Obrigada por ainda ter me deixado algo. Não foi apenas um amor perdido, foram 3 anos que, para você, sumiram. Eu gostaria de dizer que entrei no meu modo-mulher-maravilha, mas isso não ocorreu. Eu me deixei cair... Enquanto você a ganhava, eu me perdia. Veja o contraste... Eu perdi a batalha de qualquer maneira.
Durante seis anos, eu fugi o tempo todo, mas você sempre me encontrava. Nos meus sonhos, nos meus pesadelos, nos meus livros... Você estava lá. Você vai estar na minha alma para sempre.
A fumaça do meu cigarro, naquela manhã, me lembrou suas manias. Resolvi procurar por elas em outras pessoas daquela cafeteira, pintar seus traços em outros. Tentar me satisfazer com o inexistente. Mas eu precisava daquilo, precisava de um pouco de você, mesmo que não fosse em você. E eu achei. Você me olhou dando um trago em seu café e acenou. Meu ombro estremeceu. A dor terrível de não ser nada para alguém que é tudo para você deu um soco em meu estômago. Eu sabia que eu ainda o amava. Naquele momento, o meu amor por ele ainda estava lá, mais forte do que nunca. Depois de correr entre o silêncio que ali havia, fugindo mais uma vez, eu nunca mais o vi.
Desde então eu tenho tentado apagá-lo de minhas lembranças, mas enquanto minha mente esquece seu rosto, meu coração ainda se lembra da dor. Ela me corroe. E a única coisa que, agora, pode me fazer sentir humana outra vez, é o amor que tenho por ele. E esse amor dói. E esse amor me faz sentir humana outra vez. E esse amor dói. E esse amor me faz sentir humana outra vez. E esse amor... é um labirinto redondo e sem saída.
Agora eu vou casar com alguém que eu nunca vou amar com o mesmo tipo de amor que eu tenho por “ele”. Eu não sei se o que estou fazendo é certo ou errado, mas tudo que eu sei é que eu amo um homem diferente daquele que estou me casando. E esta é minha confissão. Minha redenção.

9 de abril de 2010

morro com coragem, dignidade e calcinha limpa


"Às vezes, quando não consigo dormir, imagino meu enterro e imagino tributos fúnebres. Na fantasia, eu sempre morro de um jeito trágico, mas inevitável. Um motorista bêbado passa por cima de mim. Tenho um aneurisma. Eu me asseguro de sofrer pouquinho, mas morro com coragem, dignidade e calcinha limpa. Gosto mais de pensar no enterro do que na forma como eu morro. Quem iria? Quem enfrentaria seus medos de discursar na tribuna da igreja? E quem acharia ter coisa melhor a fazer e nem sequer daria as caras? Fico imaginando se as pessoas chorariam, se haveria alguém que prenderia as lágrimas, temendo jamais conseguir contê-las."


the opposite of love

8 de abril de 2010

everywhere


I look for you everywhere i go. Hoping to bump into you. But I never see you. You’re not there... You’re never there.

tumblr.

hey jude...



weheartit

6 de abril de 2010

nem eu mesma quero passar o resto de minha vida comigo


"Me casar? Com Andrew? Até que a morte nos separe? Não posso fazer isso. Eu não seria nada além de uma fraude, fingindo ser adulta, uma farsante interpretando o papel de noiva. Nem eu mesma quero passar o resto de minha vida comigo. Como é que Andrew pode querer? E como você explica a alguém que ama que não pode se dar a ele, porque, se o fizesse, não teria certeza de quem estaria dando? Que você não tem certeza nem do quanto valem suas palavras? Você não pode dizer isso a alguém, principalmente alguém que você ama. Portanto, eu não digo. Em vez disso, faço a coisa certa. Eu minto."


the opposite of love

eu te daria o meu rim


“- Acabou o casamento.- Ela olha para o drinque como se ele tivesse a chave de seu futuro. – Acabou o casamento – ela repete.

-O que aconteceu?- Não tenho certeza se consigo lidar com a desintegração de Kate e Daniel; há consolo em saber que existe gente nesse mundo que não apenas acredita na existência “daquela metade”, mas, na verdade, a encontra.

-Foi tudo uma farsa. É isso. Nós somos uma farsa.

-Deixe-me perguntar uma coisa. Você ama o Daniel?

-Sim e não. Quero dizer, eu me importo muito com ele. Ele é uma parte imensa na minha vida. Mas se o amo pra valer? Amor até que a morte nos separe? Eu não sei. Acho que não... Talvez eu esteja apenas louca. Talvez eu simplesmente tenha surtado de vez.

-Isso é por ele não ser perfeito? Porque ninguém é.

-A não ser por suas sobrancelhas ridículas, não há nada que eu realmente não goste nele. Ele é meio perfeito.

-Se ele precisasse de um de seus rins, você lhe daria?

-Absolutamente não. - Kate não hesita nem por um instante.

-Se eu precisasse de um de seus rins, você me daria? – pergunto, tirando vantagem do fato de ela não estar em condições de mentir.

-Certamente.

Percebo que, apesar de ser filha única, tenho algumas irmãs nesse mundo.

-Eu também te daria meu rim, Kate.”


the opposite of love.

3 de abril de 2010

1 de abril de 2010

Fear.


"Eu odeio ser introduzido num novo grupo; a agonia começa antes mesmo de eu conhecer as pessoas. Ter que conhecer cada um, lembrar o nome. Fingir que 'prazer em conhecer' ou que 'o prazer foi meu'. E ver, dia após dia, a coisa ir azedando, azedando, até o limite do insuportável. Ainda além. As pessoas fedendo de propósito umas pras outras. Tá, tá bom, eu sou um cara escroto. Eu sei. Não gosto de gente. Aliás, uma coisa que eu tenho é isso: ódio. Muito ódio. Tanto que me envenena. Um troço feio. No entanto, eu não entendo, às vezes me parece tudo que me sobra; não consigo deixar ir, não quero. Sinto como se ele me protegesse do mundo, dividisse comigo o peso das coisas. E de mim mesmo. Me reconfortasse... ou me justificasse. Dois pontos: é por isso que eu sou assim! O mundo não se impressiona mais com as próprias voltas. Passou da incredulidade ao arrebatamento e daí ao descaso. Eu, não; sou ainda pior: eu cultivo, eu odeio. E por que isso, por que tanto ódio? Gostaria de dizer que não sei. Mas é medo. Medo das coisas, dos dias. Dessa gente que não duvida. Dessa gente que não tem medo. Que acredita na palavra."

fantasma.